O escândalo que envolveu o jogador Jontay Porter, da NBA, já tem mais de seis anos e a indústria de apostas esportivas dos Estados Unidos continua passando pelas consequências desse caso, que expôs brechas nesse mercado e levantou questionamentos sobre regulamentações que fossem mais rigorosas para preservar a integridade esportiva. 

O caso Jontay Porter e sua expulsão da NBA 

Antes de nos aprofundarmos nesse assunto, vamos retomar o início desse caso e relembrar os detalhes do caso Jontay Porter. O jogador, contratado por um contrato “two-way” pela NBA, foi acusado na época de fornecer informações privilegiadas e que tinham a intenção de beneficiar indivíduos envolvendo apostas esportivas. Durante as investigações, foi descoberto que Porter informava suas condições de saúde antes dos jogos, permitindo que as apostas fossem feitas prevendo seu alto ou baixo desempenho, dependia da sua condição física. Depois que esse caso veio à público, Jontay Porter foi expulso da NBA, após ter participado de esquemas que envolviam apostas contra seu próprio time e manipulação de resultados. 

Depois disso, a NBA decidiu proibir apostas em “under” (desempenho abaixo do esperado) para jogadores com contratos mais vulneráveis, como os “two-way” e de curto prazo. Essa decisão foi tomada em conjunto com as principais casas de apostas parceiras da NBA, como a FanDuel e a DraftKings. 

Implicações para o mercado de apostas 

Apesar de a decisão ter sido bem recebida pelo público, principalmente por se tratar de uma vulnerabilidade nas apostas esportivas e a sensação de estar sendo “enganado” por quem é ativo nesse mercado, alguns especialistas apontam que banir mercados de apostas pode trazer sérias consequências, como o aumento de apostas em plataformas offshore, ou seja, não regulamentadas. Segundo um relatório divulgado pela , 97% das apostas consideradas suspeitas entre 2017 e 2023 ocorreram fora dos EUA. 

Pressões no esporte universitário 

Estados como Louisiana e Ohio também tomaram a decisão de proibir apostas em performances individuais de jogadores universitários. A NCAA (National Collegiate Athletic Association) defende a medida com a justificativa de que os atletas universitários enfrentam riscos por terem contato diário com os colegas e não terem uma boa remuneração. 

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