Assista: Enfrentando os desafios da regulamentação global de jogos em mercados emergentes
Mercados emergentes de jogos, como Brasil, Peru e territórios na África, apresentam oportunidades empolgantes para operadores e provedores de jogos. No entanto, eles são marcados por incertezas regulatórias que complicam a entrada e operação.
Em uma discussão no painel durante a SiGMA Europa, Ohad Straschnov, Diretor Sênior de Conformidade da Soft2Bet, Victor Borg Barthet, Diretor e CEO da Air Dice Malta, Danilo Arrichiello, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da PG Gaming, e Maurizio Soccodato, Fundador e CEO da Global Lab, falam sobre o crescente potencial de novos mercados como Peru, Brasil e territórios na África.
“Há muita coisa acontecendo nesses mercados”, disse Straschnov. “Mas a incerteza sobre as regulamentações representa desafios, tanto financeiramente, com altas taxas e impostos, quanto internamente, entre estados ou províncias e reguladores federais.”
Straschnov destacou o cenário regulatório do Brasil, onde a licenciamento de certos produtos de cassino ainda é incerto. Apesar das regulamentações estarem em vigor, disputas e ambiguidades persistem, tornando o ambiente de negócios de alto risco.
De acordo com a Statista, o mercado de jogos online do Peru deverá atingir uma receita de US$ 50,61 milhões até 2025. Quanto ao Brasil, espera-se que a receita do mercado de jogos mostre uma taxa de crescimento anual de 7,45% até 2029. Já a Mordor Intelligence projeta que o mercado de jogos da África atinja US$ 2,39 bilhões este ano.
Equilibrando custos e inovação
Entrar em mercados regulamentados tem um custo elevado, afetando a variedade e o volume de produtos de jogos disponíveis. Barthet apontou que os mercados não regulamentados fornecem um campo de teste para entender o que funciona. “Os mercados regulamentados colocam um custo nisso. Você não pode entrar e testar algo, é muito caro colocar um produto lá”, disse ele.
Esse fardo financeiro obriga as empresas a pesar os riscos antes de lançar produtos em ambientes regulamentados. Barthet explicou que as empresas consideram fortemente quanto produto podem colocar e quanto arriscam ao entrar em um novo mercado.
Adaptando-se às mudanças regulatóriasv
A instabilidade regulatória não se limita aos novos mercados; ela é um desafio também em jurisdições estabelecidas. Mudanças frequentes nos requisitos financeiros e técnicos interrompem o planejamento e os investimentos de longo prazo. Straschnov descreveu tal situaçao como um “ponto muito doloroso”, explicando que mudanças repentinas nas condições, após anos de operação, representam grandes obstáculos para os operadores.
Ele enfatizou a importância do diálogo entre reguladores e partes interessadas. Straschnov citou a Comissão de Jogos do Reino Unido (UKGC) e a Autoridade de Jogos de Malta (MGA) como exemplos de reguladores proativos.
Encontrando um equilíbrio
O cenário global de jogos em evolução exige que as empresas permaneçam ágeis e adaptáveis. Equilibrar a conformidade regulatória, os riscos de mercado e a inovação de produtos é um desafio contínuo. No entanto, como Barthet observou, manter uma colaboração próxima com reguladores, clientes e laboratórios de testes garante um caminho mais suave adiante.
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